O título deste texto documentário é
proposital, afinal os Trilheiros sempre fazem as suas trilhas aos sábados para
que ocorra o descanso aos domingos, mas, desta vez, a trilha foi em caráter
extraordinário e no domingo, dia 04 de março de 2018, e não tínhamos guia,
muito menos conhecimento do lugar. Foi assim uma aventura extraordinária. O
lugar foi escolhido pela beleza que impressionou, e oferecer uma visão à frente
durante a caminhada sempre por dentro da caatinga, podendo nos levar até a
serra que nem se quer sabemos o nome. O município é Milagres, na Bahia, lugar
que para onde a vista alcança, as serras e montes se apresentam.
Saímos mais cedo que de costume, às 05h30min
da manhã. E às 07h30min estávamos em frente onde à caminhada se iniciaria. Café
com canjica, levados por Valciane, farofa e frutas que Pedro e Marcio levaram,
era o cardápio. Depois os agasalhos, botas, perneiras e mochilas nas costas,
procuramos um lugar melhor para entrarmos na caatinga.
Depois de pularmos uma cerca de arame, e
tendo a frente uma linha imaginária em direção a serra, iniciamos a jornada.
Uma caatinga exuberante, vários riachinhos que nas trovoadas trazem água aos
borbotões das serras , uma rica flora, com xique-xiques floridos, mandacarus, caatinga
de porco, umbuzeiros frondosos, prestes a oferecer os saborosos umbus,
umburanas, angicos, juazeiros sempre verdes, cansanção e urtiga de montão, e
cactos, muitos cactos, especialmente
caroás e quipás, este último na
história, por ter sido o seu espinho que vazou o olho de Virgulino Ferreira da
Silva, o Lampião, e alecrins que nos oferecia o seu perfume inigualável.
Várias paradas em baixo de umbuzeiros e em
cima dos belos lajedos apreciando as belezas distantes daquele lugar, e
buscando a orientação de como seguir até o pé da serra.
Não era fácil abrir passagem por entre a
macambira, mesmo com os facões, era sempre dificultoso caminhar, e a vegetação
nesse ponto era de mata com arvores altas, dificultando a visão da direção que nos levaria ao destino.
Depois de cerca de 03:00 horas de caminhada e
exaustos, concluímos que não conseguiríamos chegar ao pé da serra. Em baixo de
um frondoso umbuzeiro, uma parada para descanso e comer o que ainda restava do
café de Valciane, iniciamos o caminho de volta com a sensação de vitoriosos
mesmo sem termos conquistado a serra.
Exaustos entramos na van que nos levaria para
o almoço em Argoim, no restaurante de Dilson, as margens do Rio Paraguaçu.
Iniciamos com a especialidade da casa, cachaça
com quixaba, depois cachaça com Cambuí, e fomos para a cerveja estupidamente
gelada. Bom, agora já estava na hora da comida e Dilson com a sua alegria não
poupou nas iguarias: peixe frito, carne do sol, mocotó com pirão, mocó fato
entre outras.
Todo muito satisfeito e de barriga cheia,
retornamos para Feira de Santana contando as pegadinhas de cada um durante a
aventura e com este clima de felicidade, encerramos esta aventura
extraordinária.
Texto:
Messias Gonzaga.
Edição:
Givanildo Lima e Messias Gonzaga.
Fotos: Adriana
Alves, Marcio Pimentel, Pedro Antonio, Valciane, Valdir, Ezivaldo Freitas, Veronicio Nery, Luiz Roberto (Gaucho), Eduarda Lima.
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