ALBUNS DE FOTO

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Circuito do Cangaço: terceira parte


Trilheiros no Cânion do São Francisco

Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - Canindé do São Francisco - Sergipe
 Para um melhor entendimento sobre essa terceira parte do Circuito do Cangaço, aconselhamos a leitura das duas partes anteriores.
 No terceiro dia, mais precisamente no dia 15 de novembro de 2016, fizemos o passeio pelos Cânions do Rio São Francisco. Logo cedo um guia veio nos conduzir até o Catamarã, que nos levaria para uma viagem encantadora. 

Foto: Marcio Pimentel-2016 - Barragem do Xingó - iniciando o passeio pelo lago
Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - passeio pelo lago
Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - passeio pelo lago
  Durante cerca de 4 horas desfrutamos de paisagens tão lindas e exuberantes de tirar o fôlego. O barco desliza pelas águas verdes do rio, onde as belezas naturais não cabem nos olhos. A mistura da paisagem da caatinga com os paredões ao redor e aquele mar de águas doce, deixa os visitantes embriagados , embevecidos e incrédulos por existir naquele ambiente inóspito onde para se viver tem que ser forte, tanto homens, como outros animais.

Foto: Marcio Pimentel-2016 - Barragem do Xingó - vista panorâmica do percurso
Foto: Marcio Pimentel-2016 - Barragem do Xingó - vista panorâmica do lago
 
Foto: Marcio Pimentel-2016 - Barragem do Xingó - salto livre do paradão do Cânion
Claro que junto a tanta beleza natural, juntou-se ao ambiente a música nordestina, uma boa pinga para os apreciadores e cerveja, muita cerveja para todos durante toda a ida, até uma parada estratégica que todas as embarcações  fazem  para o banho nas profundezas do rio, podendo ir de barcos menores conhecer algumas cavernas nos arredores do lago.


Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - momento de descontração
Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - banho no lago
Foto: Adriana Alves-2016 - Barragem do Xingó - banho no lago
Foto: Marcio Pimentel-2016 - Barragem do Xingó - momento de descontração
Durante 1 hora os Trilheiros e centenas de outros visitantes vivem fortes emoções num banho reconfortante nas águas verdes e frias  do velho Chico.
Mais 1 hora e 30 minutos retornando, paramos  no Hotel Fazenda Monte Cristo, onde um almoço com as iguarias nordestinas nos aguardava. Como dizia o poeta pernambucano Zé Menino, foi só alegria.
O passeio pelos Cânions do São Francisco é cartão postal nesta parte sofrida e bela do nordeste brasileiro. É um passeio que quem faz, nunca vai esquecer nem deixar de sonhar de um dia retornar.  Os Trilheiros Boca da Onça, que o digam.


Foto: Marcio Pimentel-2016 - Barragem do Xingó - vista panorâmica do lago

Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - paisagens às margens do lago


Foto: Marcio Pimentel-2016 - Barragem do Xingó - vista panorâmica do lago
Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - paredões do Cânion

 
Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - vista panorâmica do lago

Foto: Givanildo Lima-2016 - Barragem do Xingó - Trilheiros antes do passeio no lago

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Circuito do Cangaço: segunda parte

Rumo a Piranhas
Foto: Márcio Pimentel, 2016
Rio São Francisco 

Chegamos a Piranhas no Estado de Alagoas no dia 12 de novembro de 2016 por volta das dezesseis horas e fomos direto para o Hotel. Depois de alojados fomos para o centro da pequena cidade, local movimentado. 

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Entrada da cidade

Piranhas é uma cidade antiga, bela com seus casarões e até com um Palácio Provincial do século 19, onde as 11 cabeças dos cangaceiros mortos na Grota do Angico ficaram expostas, e hoje é sede da Prefeitura.

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Palácio Provincial do século XIX
A cidade de Piranhas localiza-se a margem do rio São Francisco, incrustada dentro de Serras e tombada como patrimônio histórico da humanidade, estando preservada apesar da grande presença de turistas.


Foto: Márcio Pimentel, 2016
Vista Panorâmica de Piranhas, Alagoas

Uma bela estação ferroviária transformada no Museu do Sertão, uma velha máquina de fabricação Alemã que puxava os trens, onde os visitantes podem entrar e tirar fotos, um belo mirante com 336 degraus de altitude, onde se pode observar as belezas do velho Chico e das serras ao redor, além da vista panorâmica de toda a cidadezinha. Uma Igrejinha toda pintada de branco no alto de uma das serras,  com uma escadaria de aproximadamente 300 degraus.

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Museu do Sertão - Bilhete escrito por Lampião

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Mirante

Márcio Pimentel, 2016
Vista da Igrejinha
E um centro histórico que durante a noite se transforma num “point” onde todos se encontram e podem saborear a culinária nordestina, ouvir música e dançar forró. 

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Vista Noturna do Centro da Cidade 
Foto: Márcio Pimentel, 2016
Grupo Folclórico de Xaxado 

No dia seguinte pela manhã, pegamos um Catamarã com destino a Angicos local onde está localizado a Grota do Angico, onde ocorreu o massacre dos cangaceiros na madrugada de 28 de julho de 1938. Depois de cerca de uma hora descendo o rio São Francisco, como fez Lampião e a sua turma no dia 25 de julho daquele ano, chegamos num local hoje chamado Eco Parque, que possui uma boa infraestrutura com restaurante, bares e guia para seguir a trilha do cangaço até a Grota do Angico. 

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Catamarã e o Ecoparque
Foto: Márcio Pimentel, 2016
Entrada para Grota do Angico  
São cerca de 1600 metros da beira do rio até a grota. Seguindo sempre o riacho do Angico, debaixo de um sol escaldante, seguimos nós e outras pessoas também interessadas em conhecer este local testemunha de uma cena sangrenta.

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Trilha para Grota do Angico
Quanto mais nos aproximávamos da grota mais emoção e ansiedade. A vegetação da caatinga, com as suas árvores características, como umbuzeiros, baraúnas, angicos, pereiros, umburanas, caatinga de porco, juremas e paredões das serras de um lado e do outro da trilha, formavam o cenário da viagem. Lampião era de fato um estrategista inteligente e sagaz. Era difícil alguém chegar ali naquele tempo, há 78 anos. Só mesmo uma traição levaria a polícia até a Grota do Angico.

Foto: Márcio Pimentel, 2016
Trilheiros Boca da Onça rumo a Grota do Angico
Depois de aproximadamente 1 hora de caminhada, chegamos à grota. Todos são tomados de uma emoção indescritível, afinal está ali vivenciando o local em que na madrugada do dia 28 de julho de 38, sorrateiramente, se arrastando como cobras, carregando três submetralhadoras, fuzis, rifles, pistolas, revólveres, punhais e muita munição, e traiçoeiramente dispararam contra os cangaceiros desprevenidos e sem poder de reação. Dos 35 que se encontravam na Grota, 11 morreram, incluindo Lampião, Maria Bonita, Luiz Pedro e outros.
Foto: Márcio Pimentel, 2016
Grota do Angico
A nossa Guia neste percurso foi uma simpática Alagoana, estudante de história da UFAL, Valquíria Lisboa, que de forma emocionante fez um resumo do ocorrido naquele trágico dia.

Foto: Givanildo Lima, 2016
Trilheiros Boca da Onça na Grota do Angico
Foto: Márcio Pimentel, 2016
Retorno do Trilheiros Boca da Onça da Grota do Angico
O segundo dia pelo circuito do cangaço estava encerrado para nós que retornamos para Piranhas com a lembrança viva do que aconteceu na madrugada daquele dia, da trama, das torturas contra o “coiteiro”, Pedro de Cândido que teve que levar a tropa policial para o local.
Foto: Givanildo Lima, 2016
Rio São Francisco -  "O Velho Chico"

Foto: Márcio Pimentel, 2016
"O Velho Chico"

Foto: Márcio Pimentel, 2016
"O Velho Chico"


Foto: Márcio Pimentel, 2016
Vista Panorâmica da Cidade  


Foto: Márcio Pimentel, 2016
Por do Sol as Margens do Rio São Francisco


O terceiro dia da aventura pela trilha do cangaço, vocês verão na terceira parte desta história.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Circuito do Cangaço: primeira parte

Foto: Givanildo Lima - 2016 - casa onde nasceu Maria Bonita

Os Trilheiros Boca da Onça realizaram com sucesso o circuito do cangaço, no período de 12 a 15 de novembro de 2016. São tantas histórias e fotos pra mostrar que vamos dividir em partes, para que todos e todas que tiverem acesso ao nosso blog possam compreender melhor a grandeza desta jornada.
Foto: Givanildo Lima - 2016 - vista frontal da casa onde nasceu Maria Bonita
Primeiro dia: saída de Feira de Santana às cinco horas da manhã e depois de várias paradas para café e descanso, chegamos por volta do meio dia no povoado do Riacho, município de Paulo Afonso - Bahia, para a visita a casa onde nasceu Maria Bonita, a Rainha do Cangaço. Pegamos uma estrada de chão por cerca de 20 minutos e lá estávamos todos na Fazenda Malhada da Caiçara, em frente à casa simples que guarda tanta história. Foi ali que começou o namoro do Rei do cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião com a ainda jovem Maria de Déa como era conhecida e que no ano de 30 foi embora com o “bando” sendo a primeira mulher a entrar no cangaço, onde viveu por oito anos até a morte ao lado do seu companheiro e grande amor, Lampião na Grota do Angico em Sergipe no ano de 1938.

Foto: Givanildo Lima - 2016 - vista lateral da casa onde nasceu Maria Bonita
 Recebidos por Adelmo Gomes de Oliveira, sobrinho neto de Maria Bonita que toma conta da casa e com muita emoção com os olhos buscando ver cada detalhe da pequena casa que também  guarda utensílios antigos da época do cangaço, nos chamou a atenção o banco de madeira onde  Lampião e Maria Bonita sentavam para conversar e que serviu de cama para ele por várias vezes.
Foto: Givanildo Lima - 2016 - chegada à casa onde nasceu Maria Bonita
Muitas fotografias e perguntas ao “mestre de cerimônias”, pegamos a estrada de volta. Uma parada para apreciar a bela Serra do Umbuzeiro local que serviu de esconderijo para Lampião e seu “bando”. Retornamos para o povoado do Riacho onde almoçamos no Restaurante Maria Bonita, de propriedade de dona Maria das Mercês Alves de Souza, sobrinha neta, de Maria Bonita, que mantém com orgulho fotografias nas paredes do estabelecimento, de Maria, Lampião e de vários outros cangaceiros.

Foto: Givanildo Lima - 2016 - casa onde nasceu Maria Bonita
Seguimos para Piranhas em Alagoas para o segundo dia da viagem. Esta história vocês vão ler na segunda parte desta aventura dos Trilheiros no Circuito do Cangaço.

Foto: Givanildo Lima - 2016 - prosa com Adelmo Gomes na casa onde nasceu Maria Bonita
 
Foto: Givanildo Lima - 2016 - interior da casa onde nasceu Maria Bonita

Foto: Givanildo Lima - 2016 - interior da casa onde nasceu Maria Bonita

Foto: Givanildo Lima - 2016 - interior da casa onde nasceu Maria Bonita
 
Foto: Karine Cerqueira - 2016 - interior da casa onde nasceu Maria Bonita

Foto: Eduarda Lima - 2016 - Banner exposto na casa onde nasceu Maria Bonita

Foto: Eduarda Lima - 2016 - quadro exposto na casa onde nasceu Maria Bonita - "na foto Maria Bonita e Lampião"
Foto: Givanildo Lima - 2016 - vista da Serra do Umbuzeiro

Foto: Givanildo Lima - 2016 - vista da Serra do Umbuzeiro

Foto: Givanildo Lima - 2016 - Restaurante Maria Bonita - Povoado do Riacho
 
Foto: Givanildo Lima - 2016 - Trilheiros Boca da Onça na casa onde nasceu Maria Bonita