Mandacaru (Cereus jamacaru) nativo do
Brasil, de porte arbóreo, ramificado, com flores grandes que se abrem à noite,
típico da caatinga,
onde serve de alimento ao gado, e também cultivado como planta ornamental e por
propriedades terapêuticas”.
Compondo
a família das cactáceas,
sua maior ocorrência se dá na região nordeste do país, onde o nascimento de
suas flores simboliza o “fim da seca” em áreas muito áridas. A planta chega a
atingir cinco metros de altura e o tipo de mandacaru que não apresenta espinhos
é utilizado para alimentar animais. Porém, a variedade mais comum é conhecida
pela sua enorme quantidade de espinhos. Para utilizá-la na alimentação do gado
é necessário cortar ou queimar a parte espinhosa. Outra característica marcante
do cacto é sua alta resistência durante o longo período de seca que atinge a
região.
Da
espécie de mandacaru que apresenta mais espinhos nascem flores brancas, de
grande beleza e que chegam a atingir cerca de trinta centímetros de
comprimento. Na maioria das vezes, os botões destas flores surgem no período da
primavera e cada uma delas costuma durar por apenas uma noite, desabrochando no
período noturno e murchando no começo da manhã.
A
polpa da fruta do mandacaru é branca e apresenta pequenas sementes pretas. É
bastante utilizada na alimentação por seu sabor, sendo útil para pessoas e aves
da caatinga (periquito-da-caatinga, gralha-cancã). Seus frutos são de uma
coloração violeta forte.
A
identificação do mandacaru com o povo nordestino e sua cultura não está somente
relacionada aos períodos de estiagem. Por apresentar características como
durabilidade, adaptabilidade e beleza, é comumente identificado com o povo
nordestino no folclore popular por sua resistência em áreas de difícil
sobrevivência. Uma das canções brasileiras que popularizou o mandacaru por todo
o país é “Xote das Meninas” composta por Luiz Gonzaga e Zé Dantas:
É o sinal que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjoa da boneca
É sinal que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado não quer mais vestir jibão”.
Amei esse relato sobre o mandacaru, uma das belas espécies encontradas no Nordeste e que contemplam a paisagem local. Parabénsss aos Trilheiros Boca da Onça!!!
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